Nas últimas décadas passou-se a reconhecer no campo educacional, a importância das narrativas como uma ferramenta da metodologia de investigação, da mesma maneira que um recurso fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional de professores. Para o desenvolvimento desta investigação, busca-se fundamentação em diversos autores que discutem a narrativa no contexto da pesquisa educacional.
O cenário pandêmico, em que estamos assolados, também exigiu que a educação se adaptasse às restrições sanitárias e a instauração de um modelo de ensino totalmente diferenciado do que era visto anos atrás.
Com o objetivo de potencializar as transformações da educação dos últimos anos e orientar professores para o cenário que se inicia no próximo ano letivo, a oficina “repense: “Voltei ao presencial, e agora?” apresenta dicas práticas para aliar ensino presencial ao que o remoto proporcionou de aprendizado.
Abaixo, você confere os principais desafios dessa retomada ao ensino presencial, além de dicas práticas para potencializar o seu trabalho com os estudantes. Vamos lá?
Principais desafios do retorno ao ensino presencial
Retorno ao presencial para os professores
A adaptação ao modelo remoto foi bastante desafiadora para professores e profissionais da educação. Muitos ainda não estavam inseridos totalmente no universo digital, desconhecendo as plataformas necessárias para dar prosseguimento ao conteúdo programático. Outros não tinham as ferramentas à disposição, como internet, computador, etc.
Portanto, não foi fácil. Atualmente, o principal desafio dos professores é saber como conduzir o processo de ensino presencial e remoto, já que muitas escolas e instituições de ensino ainda adotam o híbrido como modelo de trabalho. Entender como proporcionar a esses dois alunos – os presenciais e os online – a mesma ou mais próxima experiência de aprendizado possível, é uma das questões do momento.
Segundo abordado na oficina “re_pense: “Voltei ao presencial, e agora?”, é válido que os professores não se desliguem do que aprenderam durante o ensino totalmente remoto. Deve-se buscar integrar as ferramentas e soluções desses dois mundos, permitindo um aprendizado dinâmico e interativo aos alunos. Algo que, por sua vez, irá demandar do corpo docente um planejamento e pensamento pedagógico diferente do de 2019.
Ou seja, é necessário utilizar as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para realmente construir uma aprendizagem significativa pautada no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Desafios da retorno ao ensino presencial para escolas e instituições de ensino
Nesse sentido, podemos dizer que os principais desafios estejam relacionados ao acolhimento dos alunos que podem ter passado por experiências como o luto, convívio com a doença, ansiedade, uma configuração de casa na qual foi difícil estar toda a família reunida e afins.
Ter um ambiente que faça os estudantes se sentirem seguros e não sob pressão, é essencial para esse momento. Aqui, a parceria com a família é essencial para que essas estratégias deem certo. Principalmente, na educação infantil que demanda que os pais contribuam com orientações de cuidado aos filhos, por exemplo.
As escolas terão também, dentre os seus desafios para a volta ao ensino presencial, a oferta de suporte ao time de professores. Eles poderão ficar sobrecarregados com as demandas desse novo cenário e é importante que a rede de apoio da educação funcione em todas as esferas da escola/faculdade/cursos: corpo docente ⟷ corpo discente e instituições de ensino ⟷ corpo docente.